quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Os benefícios da Fisioterapia no período gestacional

A gravidez é um estado delicado e maravilhoso de nirvana na vida de toda mulher. Por ser o período mais rico e intenso de vivências emocionais e que por si só traz, para o relacionamento familiar, novas atitudes e responsabilidades, percebemos como é fundamental o equilíbrio da mente e do corpo saudável para a gestante.
Pensando nisso, a Fisioterapia começou sua atuação na gestação visando promover a saúde física e emocional da gestante reconhecendo e tratando alterações durante todo o período gestacional. A Fisioterapia também é uma grande aliada para facilitar o parto evitando complicações.
O objetivo do tratamento é prevenir quaisquer tipos de dores, alterações no assoalho pélvico (músculos localizados na região inferior do púbis), melhorar o controle respiratório facilitando o trabalho de parto, diminuir a ansiedade e o stress e proporcionar um parto mais participativo e humanizado. A Fisioterapia conscientiza a grávida sobre suas alterações fisiológicas (alterações normais do corpo) orientando a postura mais adequada durante suas atividades diárias e amamentação sendo realizada em gestantes de baixo risco e com acompanhamento médico.
O tratamento é indicado a partir do terceiro mês de gestação e pode ir até o último. São realizados trabalhos de postura, exercícios perineais, treino respiratório, alongamentos e fortalecimentos de músculos específicos, conscientização corporal, drenagem linfática manual, relaxamento muscular e exercícios para a região do abdome, períneo e pelve.
Com o passar dos meses, o corpo da mulher passa por grandes esforços para adaptar o embrião a placenta em desenvolvimento. A taxa metabólica aumenta juntamente com a frequência cardíaca, as fibras musculares do útero de distendem comprimindo a bexiga e empurrando o diafragma (principal músculo da respiração), o peso das mamas aumenta e a mulher vai alterando seu centro de equilíbrio.
Com a prática de exercícios fisioterapêuticos a gestante se beneficiará com a melhora da circulação sanguínea, melhora do trânsito intestinal, melhora da tonificação muscular e do equilíbrio, melhora da flexibilidade, diminuição da tensão/ansiedade e cansaço, melhora da auto – estima, regularização da respiração, diminuição da pressão arterial, aumento da diurese e melhora do sono.
Hoje existem programas de Fisioterapia voltados para grupos de gestantes trabalhando não apenas o corpo e a mente individual de cada um, mas também o convívio social com todas as gestantes. Procure um serviço fisioterapêutico adequado para promoção de sua saúde e do seu bebê.

Artigo publicado na revista Atual edição nº92/dezembro/2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que é L.E.R.?

É a sigla para Lesão por Esforço Repetitivo. É uma doença que acomete mais os membros superiores, causando incapacidade de realizar funções do dia a dia ou no trabalho.
Causada pelo próprio uso excessivo muscular em tarefas que envolvem movimentos repetitivos ou posturas forçadas, também é conhecida como L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).
Com a L.E.R., ocorre o aparecimento das tendinites (inflamação nos tendões) pode ser secundária a outras doenças, como reumatismo, gota, artrose e entre outras, uma vez que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
As lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos já eram conhecidas desde a antiguidade sob outros nomes, mas seu auge começou após a Revolução Industrial onde o trabalho proletariado levou ao uso excessivo das articulações.
Os sintomas na fase inicial costumam ser dor e cansaço no turno do trabalho com melhora dos sintomas em repouso.
Com a evolução da doença, a pessoa apresenta dor e cansaço persistentes mesmo em repouso e pode até ocorrer distúrbios do sono.

Como combater a L.E.R. (Lesão por Esforço Repetitivo)?

Se o seu trabalho atual exige movimentos repetitivos e você já percebe sinais de L.E.R., procure um serviço fisioterapêutico para uma avaliação ou uma unidade básica de saúde (UBS) mais próxima.
A recuperação será mais rápida se a L.E.R. for diagnosticada e for tratada nos seus estágios iniciais.
Outro modo importante de combater a LER é dar atenção à ergonomia.
A ergonomia é uma ciência aplicada que se ocupa em projetar e arrumar os objetos que as pessoas usam em seu trabalho tais como cadeira, mesa e computador, a fim de que possamos interagir de modo mais eficiente e seguro com esses objetos.
Tomando os devidos cuidados com a ergonomia do seu ambiente de trabalho ou na sua própria casa, dificilmente essas lesões por esforço repetitivo aparecerão.
Certifique-se que a altura da mesa do computador com a cadeira esteja corretamente posicionada. É presciso que o braço do usuário esteja quase ou totalmente paralelo com o tronco do corpo, evitanto possíveis tensões musculares e tendinosas.
Quasiquer obejetos pesados ou de difícil masuseio precisam estar bem próximos para fácil manipulação, não tendo que, por exemplo, levantar os braços repetidas vezes ou se agachar inapropriadamente.
Procurado um serviço fisioterapêutico e informando o profissional de como se disponibiliza a acomodação dos diversos objetos na sua casa tais como, mesa, cadeira, tapete televisor, computador e entre outros, o profissional poderá passar várias coordenadas para a melhor ergonomia no seu trabalho e no ambiente de sua casa.

Artigo publicado na revista Atual edição nº89/setembro/2009

Dor no nervo

Você já deve ter ouvido ou até mesmo falado que quando alguém está com uma região dolorida como braços ou pernas, comumente falamos que é “problema de nervo”. Bem, vamos entender um pouco mais sobre isso.
Os nervos são como espécies de fios condutores de eletricidade, são eles que mandam informações (através do cérebro) para os músculos contraírem e movimentarem nossos ossos e mandam informações para nosso cérebro (através da pele) quando sentimos sensação de quente ou frio, dor ou toque. Resumidamente, os nervos vêm e vão, ou seja, levam a ordem para ocorrer um movimento e trazem para o cérebro as sensações.
Existem dezenas de nervos em cada região do nosso corpo. Cada região recebe um nervo que na verdade se originou em outro lugar, como um nervo que sai da região do pescoço e se estende até a ponto dos nossos dedos, mas para chegar até lá ele teve que percorrer todo um caminho.
Dependendo do grau de compressão de um nervo, por exemplo, um que se origina na região do pescoço e se estende até a ponto dos dedos da mão, ocorrerá diminuição dos movimentos como de pegar e segurar algum objeto. Se a compressão não for tão profunda, uma compressão mais leve, ocorrerá diminuição da sensibilidade dos dedos, sensação de formigamento, dor no mesmo local, dor irradiada (dor sentida em outro local), queimação, dormência e sensação de agulhada. Ao perceber uma região mais fria, é indicativo para compressão de vasos sanguíneos.
Lembremos que, além da compressão, também ocorra apenas irritação do nervo, ou os dois juntos. Essa irritação ou compressão pode ocorrer em locais diferentes do trajeto de um nervo devido a tensão muscular prolongada, alteração da postura ou hérnia de disco.
É preciso que os nervos estejam livres de compressões de quaisquer estruturas que o circundam.
O fisioterapeuta possui técnicas de descompressão e dessensibilização dos nervos acometidos por meio de uso da terapia manual sempre tratando o paciente como um todo e não por seguimento.
Se você sente algum desses sintomas, pode ser sugestivo para compressão ou irritação nervosa e então é preciso procurar um serviço fisioterapêutico para avaliação e tratamentos adequados.

Artigo publicado na revista Atual edição nº89/setembro/2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PROTEÇÃO E PREVENÇÃO DO PROFISSIONAL DA SAÚDE E VACINAÇÃO NOS ADULTOS

Introdução

A vacina é uma das medidas de promoção e atenção básica a saúde mais importantes e que tem contribuído significativamente para a redução da mortalidade e no crescimento da população mundial.
Há exemplos de doenças erradicadas graças a aplicação das vacinas, como é o caso da Varíola, Poliomielite, Sarampo e Difteria. Hoje, sabe-se que são extremamente raras em muitos países desenvolvidos.
É também uma das medidas mais eficazes para a prevenção e o controle de doenças infecto-contagiosas que podem ser transmitidas no ambiente hospitalar.
A Vacinação para Profissionais da Saúde, por estarem mais suscetíveis a certas doenças transmissíveis, previne contra algumas doenças infecciosas de possível transmissão em unidades de saúde (Hepatite B, Sarampo, Influenza, Caxumba e Rubéola).
A vacinação adequada de profissionais da saúde diminui o risco de aquisição dessas doenças por deprimir o número de suscetíveis a doenças imunopreveníveis. Portanto, deveria ser realizada previamente ao ingresso desses profissionais em sua prática, o que ocorre raramente no Brasil.
O Ministério da Saúde em abril de 2004 criou a portaria nº 597 que estabelece como exigência para a contratação de funcionários e o recebimento de benefícios, a comprovação do cumprimento do calendário vacinal.
Portanto, o calendário vacinal tem como objetivo principal servir de orientação para a primeira imunização ou atualização das vacinas daqueles que, durante a infância , não foram corretamente protegidos, nem contraíram de forma inequívoca, doenças que poderiam ser prevenidas, como Sarampo, Catapora, Hepatite A e B e etc.
A maior exposição a certas doenças transmissíveis, profissionais de saúde devem estar adequadamente imunizados além de utilizar corretamente as técnicas e os equipamentos de proteção individual para minimizar o risco de aquisição a certas doenças infecciosas.
Sua saúde está exposta a diversas doenças infecciosas em sua prática diária transmissíveis por via aérea como a Tuberculose, Rubéola, Sarampo, Influenza, Viroses respiratórias, doenças meningocócica, também expostos pela transmissão a exposição a sangue e fluidos orgânicos como o vírus da AIDS, Hepatite B, Hepatite C e raiva, ainda também, doenças transmissíveis fecal-oral como a Hepatite A, Gastroenterite, Cólera e a transmissão por contato direto a pacientes como a Escabiose, Pediculose, colonização por estafilococo etc.
A manutenção de imunidade adequada dos profissionais de saúde é um aspecto importante não só para protegê-los, mas também para reduzir o risco de transmissão de doenças para pacientes que são atendidos por estes profissionais.
As orientações não se limitam aos profissionais que trabalham em ambiente hospitalar, mas devem ser aplicadas a todos aqueles que tem contato direto com os pacientes.

Justificativa

Por meio da inadimplência de alguns hospitais, ocasionando a contaminação viral e bacteriológica dos profissionais da saúde nesses ambientes e a falta de cultura da população adulta brasileira e na prevenção e proteção contra doenças infecciosas, é necessário a realização de uma revisão literária e fouder informativo com as principais vacinações das doenças que mais acometem a população brasileira.

Objetivo

Informar a população adulta e diversos profissionais da saúde sobre o esquema de vacinação das doenças infecciosas que mais acometem a população brasileira assim como o seu risco para o contágio nos hospitais e instituições públicas.


A Vacinação no Adulto

A vacinação em adultos mesmo não sendo profissionais da saúde segue uma norma restrita para as demais vacinações em diferentes idades.

Tétano-Difteria (dT)

A vacina dupla adulto está recomendada como reforço a das dez anos para todos os adultos que tenham o esquema vacinal básico realizado com trés doses.
Tétano: Doença infecciosa grave não contagiosa causada pelo bacilo (tipo de bactéria) do tétano. Frequentemente encontrado na forma de esporo, sobrevive em condições adversas no ambiente.
Entrar em contato com o hospedeiro através de lesões na pele como cortes arranhões, queimaduras ou mordidas de animais é o meio de infecção dessa doença.
É uma doença rara em países desenvolvidos pois apresenta eficácia na cobertura vacinal e prevenção da doença em mais de 95% dos casos.

Vacina Dupla ou Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)

Todos os adultos em comprovação vacinal ou sorológica são considerados suscetíveis. No Brasil, em uma epidemia de 1997, 39% dos casos de sarampo ocorreram em adultos salientando ainda a maior morbidade e mortalidade nessa faixa etária.
Em relação a rubéola, a vacina em todas as mulheres suscetíveis é a única prevenção da rubéola congênita.
A Vacina deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que tiveram comprovação da vacinação anterior.
Os profissionais da saúde com risco aumentado de aquisição de rubéola são aqueles que trabalham com crianças ou mulheres grávidas. Todos os profissionais da saúde que não tenham comprovação de vacinação contra rubéola com pelo menos uma dose após um ano de idade ou que não tenham sorologia comprovando imunidade, devem ser vacinados. É importante lembrar que o diagnóstico clínico prévio de rubéola não é considerado indicador de imunidade.

Influenza (Vírus da Gripe)

Esta vacina deve ser administrada anualmente, idealmente nos meses que precedem o inverso. Esta vacina pode estar indicada para qualquer adulto que deseje se prevenir contra a gripe. A vacina contra a gripe está formalmente indicada para:

1.Todas as pessoas com idades acima de 50 anos (No Brasil o Ministério da Saúde recomenda aqueles que sejam maiores de 60 anos).
2.Pacientes com doenças crônicas cardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas.
3.Pacientes imunodeprimidos.
4.Pacientes com hemoglobinopatias (p.ex. anemia falciforme).
5.Pacientes infectados pelo vírus HIV assintomáticos ou com poucos sintomas e contagem adequada de CD4.
6.Profissionais da saúde que têm contato direto com pacientes de risco, especialmente aqueles que trabalham com idosos, funcionários de UTI e berçário.

Vacina Pneumocócica

A vacina contra a infecção pneumocócica está formalmente indicada para:

1.Todas as pessoas com idade acima de 60 anos.
2.Portadores de doença crônica pulmonar.
3.Portadores de doença cardiovasculares.
4.Portadores de diabetes mellitus.
5.Portadores de doença hepática crônica, inclusive cirrose alcoólica, insuficiência renal crônica ou síndrome nefrótica.
6.Pacientes com anemia falciforme ou outras hemoglobinopatias.
7.Pacientes com imunodeficiências congênitas
8.Pacientes com fistula liquórica.
9.Pacientes esplenectomizados (se possível, a vacina deve ser administrada duas semanas antes da retirada do baço).
10.Pacientes com infecção pelo HIV.
11.Pacientes com leucemia, linfoma, mieloma, doença de Hodgkin, neoplasia sólida, quimioterapia, uso de corticóide sistêmico por tempo prolongado e transplantados de órgãos e da medula óssea.

Hepatite B

Estima-se que existe no mundo 350 milhões de pessoas com infecção crônica pelo HBV e que ocorra 500 a 1 milhão de óbitos anuais relacionados a doença.
A doença pode ocasionar importantes complicações como: Hepatite crônica ativa, cirros e hepatocarcinomas.
A Hepatite B tem maior mortalidade e é bem mais contagiosa do que a AIDS. O vírus da Hepatite B sobrevive no sangue seco a temperatura ambiente em superfícies por pelo menos uma semana.
Existe necessidade premente de conscientização da população jovem. A vacina está disponível na rede pública para todos os adolescentes até 19 anos.
A melhor estratégia para controle da doença seria a imunização universal. Entretanto, ela está formalmente indicada além das pessoas com risco ocupacional nas seguintes situações:

1.Pacientes e equipe de profissionais de instituições para pessoas com deficiência mental.
2.Pacientes em hemodiálise.
3.Pacientes com alterações da coagulação que necessitam transfusão de derivados do sangue.
4.Contatos familiares e parceiros sexuais de pacientes infectados pelo vírus da Hepatite B.
5.Viajantes para áreas endêmicas de Hepatite B.
6.Usuários de drogas injetáveis.
7.Homossexuais e bissexuais masculinos
8.Pessoas com múltiplos parceiros sexuais

Hepatite A

A vacina contra a Hepatite A pode ser utilizada para todos os adultos suscetíveis sem história prévia de vacinação.
A vacina contra essa Hepatite está formalmente indicada:

1.Viajantes para áreas endêmicas de Hepatite.
2.Homossexuais e bissexuais masculinos.
3.Usuários de drogas injetáveis.
4.Portadores de doenças hepáticas crônicas.
5.Pacientes com alteração dos fatores de coagulação.
6.Profissionais da área de manipulação de alimentos.
7.Profissionais que trabalham em instituições para deficientes mentais.
8.Pacientes internados em instituições para deficientes mentais.
9.Profissionais que trabalham em creche.
10.Profissionais que trabalham na rede de esgotos.

O esquema para Hepatite A é composto de 1º dose na data escolhida e 2º dose seis meses após a primeira.



Vacina contra tuberculose (BCG)

Não é recomendada rotineiramente em adultos. Entretanto em algumas situações especiais poderá ser utilizada.
Para profissionais da saúde sem vacinação prévia e com teste de tuberculina negativo que trabalham com pacientes com tuberculose ativa ou pacientes com AIDS, especialmente se houver alta prevalência de Mycobacterium tuberculosis resistentes a muitas drogas, está indicado a vacinação.
A vacinação adequada visa assegurar e manter imune, diminuindo o risco desses profissionais da saúde adquirirem ou transmitirem doenças imunopreveníveis e deve ser, portanto, parte essencial de programas de prevenção e controle de infecção.
Outro fato de relevância para justificar a maior preocupação quanto a vacinação de profissionais da saúde é o risco de reintrodução de patógenos com baixa prevalência em uma comunidade a partir de grupos populacionais suscetíveis com maior risco de exposição a doenças transmissíveis.

Esquema da vacinação nos profissionais da saúde

O esquema é composto por 3 doses:

1.1º dose na data escolhida.
2.2º dose um mês após a primeira dose.
3.3º dose seis meses após a primeira dose.

Os profissionais da saúde que têm contato com sangue ou secreções estão sob alto risco de exposição à Hepatite B de maneira geral, não é necessário sorologia para Hepatite B prévia à vacinação. Entretanto, os profissionais de alto, como por exemplo, os que trabalham em hemodiálise, devem fazer o teste sorológico um a dois meses após a vacinação para confirmar a imunidade.

Conclusão

Com a realização deste trabalho, pudemos estudar e transmitir para toda a população a importância não só da vacinação como prevenção e proteção, mas a importância também da vacinação frente a outros problemas como transplantes e outros tipos de doenças associadas como o caso de uma hemoglobinopatia associada a contaminação de um bacilo da pneumocócica.
A vacinação em profissionais da saúde e nos pacientes é de extrema importância para que não ocorra transmissão de vírus, bactérias ou fungos pelo contato direto com a exposição ao sangue ou a disseminação pelo ar.
A melhor estratégia para controle da doença seria a imunização universal. Porém, sabemos que hoje o mundo passa por mudanças abruptas sociais, econômicas, culturais e religiosas, impedindo o trabalho e o desenvolvimento dos profissionais da saúde mediante a tais vírus que permanecem no planeta e, cada vez mais, tendem a querer dissipar toda a população.

Referências Bibliográficas

1.Texto de: Eduardo Fonseca Lima, Publicado pro: Dra. Shirley de Campos no site: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/20804

2.Tabela de: http://www.portal.saude.gov.br/portal/saude

ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO “CONVERSAÇÃO SOBRE A BOA MORTE: O DEBATE BIOÉTICO ACERCA DA EUTANÁSIA”

Quando podemos ser afirmados ou quem pode nôs indicar o lume quando estarmos prontos de manifestarmos, principiarmos a aparecer em um horizonte ou formarmos e constituirmos-nos a brotar e se formar nesse mundo para depois, em um futuro promíscuo longínquo ou precoce , nos recolhermos de nossas funções, afastarmos e desaparecermos nesse horizonte vivido onde temos ou será que não temos o livre arbitro de decidirmos por si próprios o direito de ir e vir?
O quanto será que cada ser humano desse planeta tem de direito sobre sua própria vida simplesmente por serem donos dela, por te-la vivido?
Não se trata mais de partir nem de chegar. A questão agora é “o que se passa entre”?
A bioética como disciplina refere-se à moralidade dos atos humanos que podem alterar, de forma significativa e irreversível, os sistemas autopoiéticos (capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios), também irreversíveis, representados por nós , debruça-se, em particular, pelo amplo leque de problemas relativos ao processo vida-morte.
O que acaba sendo mais e realmente importante é o que se passa entre o estar vivo e o estar morto.
Como colocado por Schramm e Batista no artigo “Conversações sobre a boa morte: o debate bioético acerca da eutanásia”, a boa morte, como se referem a eutanásia. Esta, a séculos, é interpretada dessa forma pelos mais estudiosos e de irreversível aceitação pelos incrédulos que dificilmente desmembram-se de algum parente ou amigo, que aceitaram como todos, o direito de um ser de vir mas não lhe dando o direito de ir, esquecendo e ocultando a importância da passagem universal do ser humano pelo mundo e a sua hora de se riscar do mundo e de se extinguir vindo de uma luz fraca e onipotente, ou seja, sua condição patológica.
A Eutanásia é sujeita a vários questionamentos, alguns de indubitável legitimidade como a abreviação da vida pela Eutanásia voluntária que tem a concepção do enfermo pelo próspero futuro ocorrido, mas questionável no caso da Eutanásia de duplo efeito, que se refere nos casos em que a morte é acelerada como conseqüência de ações médicas não visando ao êxito letal, mas sim, ao alívio do sofrimento de um paciente (por exemplo, emprego de morfina para controle da dor, gerando, secundariamente, depressão respiratória e óbito).
Nessa última, é escolhida uma técnica em que é acelerada a morte do paciente só que “sem dor”, visando livrá-lo de um sofrimento sem fins que vai acabar por sessar sua intermitente vida precária, que foi levada a algum tipo de horripilante enfermidade e que destruiu toda a sua chance de qualidade de vida.
É discutível também o nível de colaboração do paciente (se consciente ou inconsciente) e dos (muitas vezes) incrédulos familiares, para essa tomada brusca da aceitação à morte, dando-lhe o direito de ir, já que não há mais chances de recuperação ou reabilitação em vida.
Já dizia Shakespeare “Morrer é dormir. Nada mais. E por um sonho, diremos, as aflições se acabarão e as dores sem número, patrimônio da nossa débil natureza. Isto é o fim que deveríamos solicitar com ânsia. Morrer é dormir... e talvez sonhar”.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Pesquisa sobre qualidade de vida dos idosos em São Paulo

Resumo

Esse estudo objetivou avaliar a satisfação de 3 grupos seletos de idosos senescentes acima de 60 anos em relação à sua qualidade de vida dentro da capital do estado de São Paulo. Os dados foram obtidos através do questionário de qualidade de vida SF- 36 na versão em português, onde não foi feito uma entrevista direta com os idosos, mas os mesmos se propuseram a responder individualmente ao questionário . Nossa amostra foi constituída por 3 grupos com 10 idosos cada, totalizando 30 idosos nos bairros do Morumbi (classe alta), Jardim Esther (classe média para alta), Penha (classe baixa para média). Nos resultados, verificamos que a satisfação de qualidade de vida desses idosos mostrou-se satisfatória em bairro de classe média como Jd. Esther, entre satisfação baixa e média no bairro da Penha e satisfação alta e apropriada para a idade geriátrica em bairro nobre de São Paulo, o Morumbi.

Introdução

Desde os primórdios da existência humana, do Homo Erectus passando pelo Homo-Sapiens Arcaico em direção ao homem de Neandertal, a qualidade de vida (QV) nunca foi prioridade e nem de preocupação constante do ser humano (1).
Só a partir mesmo do Homo Sapiens Moderno e a constituição da cultura mundial já estabelecida por países desenvolvidos e subdesenvolvidos, é que a qualidade de vida começou a ser primordial de grande importância para a raça humana afim de poder estender mais a existência dos seres humanos em nosso planeta (2).
O termo qualidade de vida tem recebido uma variedade de definições ao longo dos anos. A QV pode se basear em três princípios fundamentais: capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação. A QV também pode estar relacionada com os seguintes componentes: capacidade física, estado emocional, interação social, atividade intelectual, situação econômica e auto proteção de saúde. Na realidade, o conceito de QV varia de acordo com a visão de cada indivíduo. Para alguns, ela é considerada como unidimensional, enquanto, para outros, é conceituada como multidimensional(5).
De acordo com o professor de gerontologia Vicente Faleiros da universidade católica de Brasília, está havendo um aumento do número populacional de idosos não apenas de 60 anos para cima, mas mais especificamente os idosos acima dos 80 anos. Enquanto o conjunto de idosos está aumentando em torno de 3,5% ao ano, os idosos com mais de 80 anos está aumentando em 4,7% ao ano, e com isso, hoje no Brasil temos os idosos que já são classificados como “idosos jovens” que vão de 60 a 70 anos.
O Brasil já tem 18 milhões de idosos nessas faixas etárias mas recente levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para 2020, a estimativa é que 12% da população brasileira seja de idosos, cerca de 31 milhões de pessoas(3).
Diante de nossa atual conjuntura, nosso estudo procurou respostas através da mais recente tradução para a língua portuguesa do questionário de qualidade de vida SF- 36, com o intuito a uma avaliação de um grupo seleto de idosos na cidade de São Paulo, afim de avaliar a satisfação do idoso em relação a sua qualidade de vida.

Justificativa

Devido ao aumento populacional de idosos no Brasil, e a continuidade desse efeito, faz-se necessário a avaliação do grau de qualidade de vida de 3 grupos de idosos acima de 60 anos na cidade de São Paulo.

Objetivo

Avaliar a qualidade de vida em 3 grupos de 10 idosos senescentes acima de 60 anos ou mais no bairro do Morumbi, Penha e Jd. Esther da cidade de São Paulo.
Metodologia

O método utilizado neste estudo foi de natureza quantitativa. A população paulistana foi dividida em 3 grupos de idosos, cada grupo residente nos bairros do Morumbi, Penha e Jardim Esther, onde podemos constatar classe baixa para média, média para alta e apenas alta. Para a coleta dos dados, foi entregue o questionário de qualidade de vida SF-36 a cada idoso desses grupos para que os mesmos respondessem as perguntas propostas que vão desde realização de tarefas durante as últimas 4 semanas de suas vidas até o interferimento da saúde física e emocional nas atividades sócias.
Na seleção para o questionário, foram considerados indivíduos idosos aqueles que estavam na faixa etária de 60 anos ou mais e que fossem senescentes. Esse critério abordado por nosso grupo é adotado pela Organização Mundial da Saúde(4) que classifica cronologicamente como idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento, como no caso, o Brasil.
Para todos os idosos foi esclarecido o tipo de pesquisa realizada antes de ser entregue o questionário, qual área da saúde e faculdade estava fazendo a abordagem, no caso, a fisioterapia e a faculdade Uninove. Os mesmos se propuseram a responder individualmente ao questionário.
Cada questionário de qualidade de vida Sf-36 ainda conta com uma tabela de pontuação, a tabela de cálculo dos escores do questionário de qualidade de vida, afim de ser realizado um cálculo final com intuito de avaliar o grau de qualidade de vida dos idosos dos 3 bairros selecionados. Ao final da coleta de todos os questionários, é feito o cálculo de cada idoso e feito um balanço geral do grau de qualidade de vida de cada indivíduo dos bairros paulistano propostos.

Com a pontuação do escore imposto pelo próprio questionário, é levado em consideração aspectos de qualidade de vida como capacidade funcional do idoso senescente com as atividades de vida diária, aspectos limitativos físicos e emocionais, dor, vitalidade saúde mental e aspectos sociais.

Resultado

Ao final da coleta dos questionários, foi feito o cálculo de escore de cada idoso e a somatória desse escore por cada bairro avaliado.
Levando em consideração que a pontuação 1 seria pouca ou baixa, 2 moderada ou satisfatória e 3 alta ou excelente, constatou-se o grau de qualidade de vida nos bairros de classe baixa para média , média para alta e alta conforme tabela abaixo:

Foi constatado que a Capacidade funcional dos 30 idosos avaliados acima de 60 anos é excelente em bairros de classe alta e média para alta como o Morumbi e o Jd. Esther, e moderado de classe baixa para média como o bairro da Penha. Estado geral da Saúde, saúde mental, limitações por aspectos físicos e aspectos emocionais se mostraram moderados em ambos os bairros.
O grau de Dor dos idosos senescentes em bairros de classe média para alta e somente alta foi classificado como baixo e moderado no bairro da Penha.
Referências Bibliográficas

1-Linton, Ralph; O Homem - Uma Introdução à Antropologia, Ed. Martins Fontes, 2000.
2-Foley, Robert; Os Humanos antes da Humanidade, Ed. Unesp, 2003.
3-www.bonde.com.br
4-Ministério da Previdência e Assistência Social. Secretaria de Ação Social (BR). Plano de ação governamental integrado para o desenvolvimento da Política Nacional do Idoso. Brasília (DF): Ministério da Previdência e Assistência Social. Secretaria de Ação Social; 1996.
5-Santos, Ribeiro. Qualidade de vida do idoso na comunidade: Aplicação da escala de Flanagan; 2002

sábado, 7 de março de 2009

Cuidados Paliativos - Prévia de seminário para 19/05 e 26/05

A “medicina paliativa”, ou “cuidados paliativos”, é a forma civilizada de entender e atender aos doentes terminais, oposta principalmente aos dois conceitos extremos aludidos: obstinação terapêutica e eutanásia. Esta é uma nova especialidade de cuidados médicos ao doente terminal, que contempla o problema da morte do homem numa perspectiva profundamente humana, reconhecendo a dignidade da pessoa no âmbito do grave sofrimento físico e psíquico que o fim da existência humana muitas vezes comporta.
Nas Unidades de Cuidados Paliativos, que são áreas assistenciais, existentes física e funcionalmente nos hospitais, proporciona-se uma atenção integral ao doente terminal. Uma equipa de profissionais assiste estes doentes na fase final da sua enfermidade, com o único objectivo de melhorar a qualidade da sua vida neste transe definitivo, atendendo às necessidades físicas, psíquicas, sociais e espirituais do paciente e da sua família.
As necessidades físicas advêm das graves limitações corporais e sobretudo da dor, especialmente em casos de cancro, já que este atinge 80% dos doentes terminais. Com tratamento adequado pode-se chegar a controlar cerca de 95% da dor.
As necessidades psicológicas são evidentes. O doente precisa de se sentir seguro, precisa de confiar na equipa de profissionais que o trata, de ter a segurança de uma companhia que o apoie e não o abandone. Necessita de amar e de ser amado.
As necessidades sociais do doente terminal não são menos importantes para matizar esse transe tão penoso. A doença terminal causa em quem a padece e na sua família um intenso desgaste e não poucos desajustes familiares. Frequentemente, toda a atenção dos membros da família concentra-se no membro doente e, se a sobrevivência se prolonga, o desajuste pode ser duradouro.

Adaptado de Vários Autores, “Eutanásia”, Ed. São Paulo, Lisboa, 1994
(Retirado de Factos da Vida, nº 13)