quarta-feira, 1 de julho de 2009

PROTEÇÃO E PREVENÇÃO DO PROFISSIONAL DA SAÚDE E VACINAÇÃO NOS ADULTOS

Introdução

A vacina é uma das medidas de promoção e atenção básica a saúde mais importantes e que tem contribuído significativamente para a redução da mortalidade e no crescimento da população mundial.
Há exemplos de doenças erradicadas graças a aplicação das vacinas, como é o caso da Varíola, Poliomielite, Sarampo e Difteria. Hoje, sabe-se que são extremamente raras em muitos países desenvolvidos.
É também uma das medidas mais eficazes para a prevenção e o controle de doenças infecto-contagiosas que podem ser transmitidas no ambiente hospitalar.
A Vacinação para Profissionais da Saúde, por estarem mais suscetíveis a certas doenças transmissíveis, previne contra algumas doenças infecciosas de possível transmissão em unidades de saúde (Hepatite B, Sarampo, Influenza, Caxumba e Rubéola).
A vacinação adequada de profissionais da saúde diminui o risco de aquisição dessas doenças por deprimir o número de suscetíveis a doenças imunopreveníveis. Portanto, deveria ser realizada previamente ao ingresso desses profissionais em sua prática, o que ocorre raramente no Brasil.
O Ministério da Saúde em abril de 2004 criou a portaria nº 597 que estabelece como exigência para a contratação de funcionários e o recebimento de benefícios, a comprovação do cumprimento do calendário vacinal.
Portanto, o calendário vacinal tem como objetivo principal servir de orientação para a primeira imunização ou atualização das vacinas daqueles que, durante a infância , não foram corretamente protegidos, nem contraíram de forma inequívoca, doenças que poderiam ser prevenidas, como Sarampo, Catapora, Hepatite A e B e etc.
A maior exposição a certas doenças transmissíveis, profissionais de saúde devem estar adequadamente imunizados além de utilizar corretamente as técnicas e os equipamentos de proteção individual para minimizar o risco de aquisição a certas doenças infecciosas.
Sua saúde está exposta a diversas doenças infecciosas em sua prática diária transmissíveis por via aérea como a Tuberculose, Rubéola, Sarampo, Influenza, Viroses respiratórias, doenças meningocócica, também expostos pela transmissão a exposição a sangue e fluidos orgânicos como o vírus da AIDS, Hepatite B, Hepatite C e raiva, ainda também, doenças transmissíveis fecal-oral como a Hepatite A, Gastroenterite, Cólera e a transmissão por contato direto a pacientes como a Escabiose, Pediculose, colonização por estafilococo etc.
A manutenção de imunidade adequada dos profissionais de saúde é um aspecto importante não só para protegê-los, mas também para reduzir o risco de transmissão de doenças para pacientes que são atendidos por estes profissionais.
As orientações não se limitam aos profissionais que trabalham em ambiente hospitalar, mas devem ser aplicadas a todos aqueles que tem contato direto com os pacientes.

Justificativa

Por meio da inadimplência de alguns hospitais, ocasionando a contaminação viral e bacteriológica dos profissionais da saúde nesses ambientes e a falta de cultura da população adulta brasileira e na prevenção e proteção contra doenças infecciosas, é necessário a realização de uma revisão literária e fouder informativo com as principais vacinações das doenças que mais acometem a população brasileira.

Objetivo

Informar a população adulta e diversos profissionais da saúde sobre o esquema de vacinação das doenças infecciosas que mais acometem a população brasileira assim como o seu risco para o contágio nos hospitais e instituições públicas.


A Vacinação no Adulto

A vacinação em adultos mesmo não sendo profissionais da saúde segue uma norma restrita para as demais vacinações em diferentes idades.

Tétano-Difteria (dT)

A vacina dupla adulto está recomendada como reforço a das dez anos para todos os adultos que tenham o esquema vacinal básico realizado com trés doses.
Tétano: Doença infecciosa grave não contagiosa causada pelo bacilo (tipo de bactéria) do tétano. Frequentemente encontrado na forma de esporo, sobrevive em condições adversas no ambiente.
Entrar em contato com o hospedeiro através de lesões na pele como cortes arranhões, queimaduras ou mordidas de animais é o meio de infecção dessa doença.
É uma doença rara em países desenvolvidos pois apresenta eficácia na cobertura vacinal e prevenção da doença em mais de 95% dos casos.

Vacina Dupla ou Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)

Todos os adultos em comprovação vacinal ou sorológica são considerados suscetíveis. No Brasil, em uma epidemia de 1997, 39% dos casos de sarampo ocorreram em adultos salientando ainda a maior morbidade e mortalidade nessa faixa etária.
Em relação a rubéola, a vacina em todas as mulheres suscetíveis é a única prevenção da rubéola congênita.
A Vacina deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que tiveram comprovação da vacinação anterior.
Os profissionais da saúde com risco aumentado de aquisição de rubéola são aqueles que trabalham com crianças ou mulheres grávidas. Todos os profissionais da saúde que não tenham comprovação de vacinação contra rubéola com pelo menos uma dose após um ano de idade ou que não tenham sorologia comprovando imunidade, devem ser vacinados. É importante lembrar que o diagnóstico clínico prévio de rubéola não é considerado indicador de imunidade.

Influenza (Vírus da Gripe)

Esta vacina deve ser administrada anualmente, idealmente nos meses que precedem o inverso. Esta vacina pode estar indicada para qualquer adulto que deseje se prevenir contra a gripe. A vacina contra a gripe está formalmente indicada para:

1.Todas as pessoas com idades acima de 50 anos (No Brasil o Ministério da Saúde recomenda aqueles que sejam maiores de 60 anos).
2.Pacientes com doenças crônicas cardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas.
3.Pacientes imunodeprimidos.
4.Pacientes com hemoglobinopatias (p.ex. anemia falciforme).
5.Pacientes infectados pelo vírus HIV assintomáticos ou com poucos sintomas e contagem adequada de CD4.
6.Profissionais da saúde que têm contato direto com pacientes de risco, especialmente aqueles que trabalham com idosos, funcionários de UTI e berçário.

Vacina Pneumocócica

A vacina contra a infecção pneumocócica está formalmente indicada para:

1.Todas as pessoas com idade acima de 60 anos.
2.Portadores de doença crônica pulmonar.
3.Portadores de doença cardiovasculares.
4.Portadores de diabetes mellitus.
5.Portadores de doença hepática crônica, inclusive cirrose alcoólica, insuficiência renal crônica ou síndrome nefrótica.
6.Pacientes com anemia falciforme ou outras hemoglobinopatias.
7.Pacientes com imunodeficiências congênitas
8.Pacientes com fistula liquórica.
9.Pacientes esplenectomizados (se possível, a vacina deve ser administrada duas semanas antes da retirada do baço).
10.Pacientes com infecção pelo HIV.
11.Pacientes com leucemia, linfoma, mieloma, doença de Hodgkin, neoplasia sólida, quimioterapia, uso de corticóide sistêmico por tempo prolongado e transplantados de órgãos e da medula óssea.

Hepatite B

Estima-se que existe no mundo 350 milhões de pessoas com infecção crônica pelo HBV e que ocorra 500 a 1 milhão de óbitos anuais relacionados a doença.
A doença pode ocasionar importantes complicações como: Hepatite crônica ativa, cirros e hepatocarcinomas.
A Hepatite B tem maior mortalidade e é bem mais contagiosa do que a AIDS. O vírus da Hepatite B sobrevive no sangue seco a temperatura ambiente em superfícies por pelo menos uma semana.
Existe necessidade premente de conscientização da população jovem. A vacina está disponível na rede pública para todos os adolescentes até 19 anos.
A melhor estratégia para controle da doença seria a imunização universal. Entretanto, ela está formalmente indicada além das pessoas com risco ocupacional nas seguintes situações:

1.Pacientes e equipe de profissionais de instituições para pessoas com deficiência mental.
2.Pacientes em hemodiálise.
3.Pacientes com alterações da coagulação que necessitam transfusão de derivados do sangue.
4.Contatos familiares e parceiros sexuais de pacientes infectados pelo vírus da Hepatite B.
5.Viajantes para áreas endêmicas de Hepatite B.
6.Usuários de drogas injetáveis.
7.Homossexuais e bissexuais masculinos
8.Pessoas com múltiplos parceiros sexuais

Hepatite A

A vacina contra a Hepatite A pode ser utilizada para todos os adultos suscetíveis sem história prévia de vacinação.
A vacina contra essa Hepatite está formalmente indicada:

1.Viajantes para áreas endêmicas de Hepatite.
2.Homossexuais e bissexuais masculinos.
3.Usuários de drogas injetáveis.
4.Portadores de doenças hepáticas crônicas.
5.Pacientes com alteração dos fatores de coagulação.
6.Profissionais da área de manipulação de alimentos.
7.Profissionais que trabalham em instituições para deficientes mentais.
8.Pacientes internados em instituições para deficientes mentais.
9.Profissionais que trabalham em creche.
10.Profissionais que trabalham na rede de esgotos.

O esquema para Hepatite A é composto de 1º dose na data escolhida e 2º dose seis meses após a primeira.



Vacina contra tuberculose (BCG)

Não é recomendada rotineiramente em adultos. Entretanto em algumas situações especiais poderá ser utilizada.
Para profissionais da saúde sem vacinação prévia e com teste de tuberculina negativo que trabalham com pacientes com tuberculose ativa ou pacientes com AIDS, especialmente se houver alta prevalência de Mycobacterium tuberculosis resistentes a muitas drogas, está indicado a vacinação.
A vacinação adequada visa assegurar e manter imune, diminuindo o risco desses profissionais da saúde adquirirem ou transmitirem doenças imunopreveníveis e deve ser, portanto, parte essencial de programas de prevenção e controle de infecção.
Outro fato de relevância para justificar a maior preocupação quanto a vacinação de profissionais da saúde é o risco de reintrodução de patógenos com baixa prevalência em uma comunidade a partir de grupos populacionais suscetíveis com maior risco de exposição a doenças transmissíveis.

Esquema da vacinação nos profissionais da saúde

O esquema é composto por 3 doses:

1.1º dose na data escolhida.
2.2º dose um mês após a primeira dose.
3.3º dose seis meses após a primeira dose.

Os profissionais da saúde que têm contato com sangue ou secreções estão sob alto risco de exposição à Hepatite B de maneira geral, não é necessário sorologia para Hepatite B prévia à vacinação. Entretanto, os profissionais de alto, como por exemplo, os que trabalham em hemodiálise, devem fazer o teste sorológico um a dois meses após a vacinação para confirmar a imunidade.

Conclusão

Com a realização deste trabalho, pudemos estudar e transmitir para toda a população a importância não só da vacinação como prevenção e proteção, mas a importância também da vacinação frente a outros problemas como transplantes e outros tipos de doenças associadas como o caso de uma hemoglobinopatia associada a contaminação de um bacilo da pneumocócica.
A vacinação em profissionais da saúde e nos pacientes é de extrema importância para que não ocorra transmissão de vírus, bactérias ou fungos pelo contato direto com a exposição ao sangue ou a disseminação pelo ar.
A melhor estratégia para controle da doença seria a imunização universal. Porém, sabemos que hoje o mundo passa por mudanças abruptas sociais, econômicas, culturais e religiosas, impedindo o trabalho e o desenvolvimento dos profissionais da saúde mediante a tais vírus que permanecem no planeta e, cada vez mais, tendem a querer dissipar toda a população.

Referências Bibliográficas

1.Texto de: Eduardo Fonseca Lima, Publicado pro: Dra. Shirley de Campos no site: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/20804

2.Tabela de: http://www.portal.saude.gov.br/portal/saude

ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO “CONVERSAÇÃO SOBRE A BOA MORTE: O DEBATE BIOÉTICO ACERCA DA EUTANÁSIA”

Quando podemos ser afirmados ou quem pode nôs indicar o lume quando estarmos prontos de manifestarmos, principiarmos a aparecer em um horizonte ou formarmos e constituirmos-nos a brotar e se formar nesse mundo para depois, em um futuro promíscuo longínquo ou precoce , nos recolhermos de nossas funções, afastarmos e desaparecermos nesse horizonte vivido onde temos ou será que não temos o livre arbitro de decidirmos por si próprios o direito de ir e vir?
O quanto será que cada ser humano desse planeta tem de direito sobre sua própria vida simplesmente por serem donos dela, por te-la vivido?
Não se trata mais de partir nem de chegar. A questão agora é “o que se passa entre”?
A bioética como disciplina refere-se à moralidade dos atos humanos que podem alterar, de forma significativa e irreversível, os sistemas autopoiéticos (capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios), também irreversíveis, representados por nós , debruça-se, em particular, pelo amplo leque de problemas relativos ao processo vida-morte.
O que acaba sendo mais e realmente importante é o que se passa entre o estar vivo e o estar morto.
Como colocado por Schramm e Batista no artigo “Conversações sobre a boa morte: o debate bioético acerca da eutanásia”, a boa morte, como se referem a eutanásia. Esta, a séculos, é interpretada dessa forma pelos mais estudiosos e de irreversível aceitação pelos incrédulos que dificilmente desmembram-se de algum parente ou amigo, que aceitaram como todos, o direito de um ser de vir mas não lhe dando o direito de ir, esquecendo e ocultando a importância da passagem universal do ser humano pelo mundo e a sua hora de se riscar do mundo e de se extinguir vindo de uma luz fraca e onipotente, ou seja, sua condição patológica.
A Eutanásia é sujeita a vários questionamentos, alguns de indubitável legitimidade como a abreviação da vida pela Eutanásia voluntária que tem a concepção do enfermo pelo próspero futuro ocorrido, mas questionável no caso da Eutanásia de duplo efeito, que se refere nos casos em que a morte é acelerada como conseqüência de ações médicas não visando ao êxito letal, mas sim, ao alívio do sofrimento de um paciente (por exemplo, emprego de morfina para controle da dor, gerando, secundariamente, depressão respiratória e óbito).
Nessa última, é escolhida uma técnica em que é acelerada a morte do paciente só que “sem dor”, visando livrá-lo de um sofrimento sem fins que vai acabar por sessar sua intermitente vida precária, que foi levada a algum tipo de horripilante enfermidade e que destruiu toda a sua chance de qualidade de vida.
É discutível também o nível de colaboração do paciente (se consciente ou inconsciente) e dos (muitas vezes) incrédulos familiares, para essa tomada brusca da aceitação à morte, dando-lhe o direito de ir, já que não há mais chances de recuperação ou reabilitação em vida.
Já dizia Shakespeare “Morrer é dormir. Nada mais. E por um sonho, diremos, as aflições se acabarão e as dores sem número, patrimônio da nossa débil natureza. Isto é o fim que deveríamos solicitar com ânsia. Morrer é dormir... e talvez sonhar”.